segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Passeios, Rotas ou Pura Competição ???


Com o crescente numero de eventos de BTT a acontecerem em simultaneo no mesmo fim semana e no mesmo dia na nossa região, começa a tornar-se dificil conseguir seleccionar em qual deles participar, o panorama economico tambem não ajuda em nada para que se possa marcar presença em todos, o que por vezes provoca situações de divisão em grupos para poderem marcar presença em todos os eventos.

Começam tambem, e cada vez mais a deixar de fazer sentido o nome de alguns eventos, pois Passeio ou Rota, não faz qualquer sentido quando os eventos são organizados com um forte caracter competitivo, o que faz com que o espirito de camaradagem aliado ao contacto com a natureza que esta modalidade nos proporciona, se percam a uma velocidade igual à que alguns dos participantes fazem questão de impôr, pois nem sequer a paisagem conseguem apreciar, e alguns nem se dignam a parar para pelo minimo perguntar se o colega necessita de ajuda.

No ultimo evento em que participei assisti a actos por parte de individuos que estavam em cima de bicicletas, que revelam uma tremenda falta de respeito para com os colegas praticantes de BTT e que em nada abonam em prol do crescimento desta modalidade. Com comportamentos assim é dificil motivar novos praticantes, e incentiva-los a que continuem, pois porque estes tiveram de desmontar a meio de uma subida sem conseguirem prontamente encostar para deixar o trilho completamente desimpedido para os "Absalon´s" poderem passar sem terem de passar pela vergonha de desmontarem tambem.

Deixo um conselho às organizações, não publiquem quaisquer classificações dos Passeios ou Rotas, promovam concursos fotográficos premiados, reconheçam os mais novos e os mais velhos participantes e os grupos mais numerosos; quanto aos "Absalon´s" que por ai andam a envergonhar a modalidade, tratem da documentação e na próxima época participem no Campeonato de XCM/XCO para poderem integrar uma competição a sério e ocupar o devido lugar no vosso escalão.

Continuo a gostar de bicicletas (não consigo levar a "Flausina" a um evento sem estar lavadinha) e de participar em eventos, pois sei que estas situações apesar de começarem a ser frequentes são uma excepção, felizmente sei que existe muito betetista que partilha destas opiniões.

O meu adversário sou EU mesmo, e a minha meta é superar-me, salvaguardando sempre a minha integridade fisica e a dos meus colegas.



Bons Empenos... Colegas


quarta-feira, 3 de novembro de 2010

90km a solo...


A subida à Cabeça da Azinha à já algum tempo que me andava a dar um certo desconforto no estomago, aquela sensação de ter borboletas na barriga... No sabado enviei sms aos colegas e amigos, mas... ninguem se mostrou disponivél para alinhar nesta pequena aventura. Como as previsoes metereologicas para 2ªfeira 1 Novembro eram já bem mais animadoras, decidi ir sozinho.

Tudo preparado na noite anterior, e na manhã de 2ªfeira ainda esperei até às 10h00 para ver se haveria algum companheiro para alinhar, mas não, e às 10h eu e a "Flausina" lá fomos em direcção ao Teixoso para tomar o trilho no local habitual rumo a Verdelhos. Espetaculo estava o terreno depois da tempestade de domingo, o ar muito fresco permitiu alimentar a vontade enorme que tinha de cumprir esta missão: chegar à Cabeça Azinha! Aproveitei o track do dia 2 do Geo Raid e ainda antes de chegar a Verdelhos entrei na Rota desse track que vinha da descida da Fonte Serra e eu vinha da Fonte dos Amieiros.




Passei Verdelhos, e tomei o trilho ao lado da Ribeira de Bejames em direcção a Vale Amoreira, indo sair ao Alcatrao para acabar de passar a Serra da Comenda até à ponte de Vale de Amoreira, e aqui sim começava a doer, pois até ao Fragusto nada mais havia senão subir, subir, subir...
Mas digo-vos é lindo, lindo, lindo o que os nossos olhos podem contemplar enquanto tentamos encontrar a cadência que nos permita confortavelmente e em harmonia disfrutar de tão bela paisagemChegado à Quinta do Fragusto foi tempo de atestar as minhas energias,com a floresta do fragusto como pano de fundo,é unica aquela floresta sem duvida.




Como estava muito bem decidi desde logo que depois da subida à Cabeça da Azinha continuaria até Manteigas. Nem imaginam a quantidade de castanhas que há pelo chão... e tão cara que ela esta!!! Rumo à cabeça da Azinha um novo elemento juntou-se à minha aventura O Vento obrigando a uma paragem forçada para adaptar o vestuário a este novo elemento, e por vezes era mesmo obrigado a desmultiplicar os andamentos tal era a intensidade das rajadas sorte que não eram constantes.


Chegar à Cabeça da Azinha foi o dever cumprido, é.... Espetacular toda aquela vista, e mais não digo, ponham pernas a caminho e subam lá que vale bem a pena.



Cabeça da Azinha para trás era hora de impôr um ritmo mais forte em direcção a Manteigas, mas por vezes quer por força do vento, quer pelas cores que nesta altura do ano(e que são as minhas preferidas) dominam a paisagem e que me obrigavam a observar com mais calma toda aquela "pintura natural" tinha de abrandar o ritmo




A passagem pelo posto de vigia de S.Lourenço marcava outro ponto de grande beleza, e poucos minutos depois tambem a 1ª distração na leitura do GPS que me custou um engano no percurso em bem mais de 30mim, até retomar novamente o trilho depois de ter tentado apanhar novamente a rota noutro local, mas sem sucesso dada a morfologia do terreno para azar meu.




Já em Manteigas e com este contratempo tive de abortar a subida ao Poço do Inferno para depois descer a Verdelhos por ai, tomei então a estrada nacional em direcção a Vale de Amoreira onde parei para beber uma agua das pedras. Em Vale Amoreira outro elemento se juntou a mim "O Frio" pois ja tinha trocado de roupa na chegada à Azinha e a que tinha vestida estava toda molhada, o sol já não se fazia sentir e a sensação frio era cada vez maior, mas a subida de Verdelhos até ao Alto S.Gião deu para aquecer e de que maneira, contudo tive de controlar muito bem o andamento pois o equipamento molhado juntando o frio não ajudaram em nada as pernas que começavam a dar sinais de rotura





Cheguei a casa no limite da luz solar,com 89km e 6h a pedalar com 2300m ac+, mas com a certeza de ter cumprido um objectivo, sofri porque quis e gostei,ri-me sozinho, pensei...pensei... e enchi a cabeça de AR PURO, e de trilhos pintados de cores espetaculares.

E muitos dos meus Amigos perguntam: Epá sozinho??!! e se aconteçe algo??!!

Épa quando morrer vou deitado, não vou em cima da "Flausina"


Bons Empenos